14 de set. de 2011

O conto daquela vela

Diz o conto que, no bairro das Graças, na Rua dos Contos, na casa 236, tinha um menino chamado Gabriel. Ele morava naquela casa. Do lado dela, havia outra casa. Ela era velha, cheia de lodo. Lá, havia uma vela. Parecia estar acesa há anos. Ninguém se lembrava dela, só do computador, da TV e do celular. Só Gabriel ia lá todo dia. Ninguém conseguia apagá-la, nem mesmo toda a força do mundo. Até Gabriel tentou soprá-la, mas nada, a vela nem se mexeu.

Um dia, a classe de Gabriel foi ao ateliê de Brennand. Gabriel chegou lá e eles encontraram o artista. A professora perguntou:

- Alguma pergunta classe?

E então Gabriel levantou a mão:

- Pode fazer uma pintura para mim?

E Brennand respondeu:

- Claro!

Então Brennand fez uma vela, idêntica aquela. Os olhos de Gabriel brilharam:

- É a vela!

Os olhos de Brennand também brilharam:

- É, é a minha vela, a vela da minha vida.

Depois disso, o menino foi uma vez, duas vezes, uma semana. E depois não foi mais.

Depois de vários anos, o menino foi lá. Só que a vela estava apagada. - Mas ele morreu feliz - pensou o menino.

2 comentários:

  1. Orgulho de mamãe!... (Mas espero que passem-se mesmo muitos anos antes de Brennand apagar a vela...) Te amo!

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  2. Orgulho da Titia !!! Que coisa linda que minha princesa escreveu... É a minha poetisa e escritora !! =)
    Linda a história !!!

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